quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Análise da Obra Cinematográfica: Quanto vale ou é por quilo?
"Mais valem pobres na mão do que pobres roubando"

Filme que faz um paralelo entre o passado e o presente. Aborda desde as questões da escravidão: como a amiga que “ajuda” a escrava comprar a alforria.
Aborda também as hipocrisias das ONG'S – que tratam as pessoas como números, brigam por fazer caridade apenas para obter benefícios, glórias, reconhecimentos, reduções fiscais, mas na verdade não importam-se com as pessoas.
Fala das diferenças de simplesmente implementar um projeto na favela e um projeto que é criado pela e na favela.
De que adianta abrir um laboratório de informática em um centro comunitário, se os moradores não fazem ideia de como utilizar um computador?
No filme Uma onda no ar, o projeto da Rádio Favela foi criado por um morador da favela, ou seja, as pessoas da favela estavam engajadas, portanto, interessadas. Agora, chegar na favela e dizer: Hoje eu vim fazer caridade! Não serve para nada, apenas para uma promoção social da pessoa que está fazendo a tal caridade. Ir na comunidade uma única vez para prestar auxílio, sem se interessar por como aquelas pessoas vivem, quais suas angústias, dramas, quais as tragédias que assolaram a vida delas, não funciona. Dar de comer um único dia, não vai resolver a vida de ninguém, simplesmente naquele dia eles não irão viver como sempre viviam e como viverão, se não existir nada que faça a real diferença.

Autora: Paola Saturnino(*.*)

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