quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Análise da Obra Cinematográfica: Quanto vale ou é por quilo?
"Mais valem pobres na mão do que pobres roubando"

Filme que faz um paralelo entre o passado e o presente. Aborda desde as questões da escravidão: como a amiga que “ajuda” a escrava comprar a alforria.
Aborda também as hipocrisias das ONG'S – que tratam as pessoas como números, brigam por fazer caridade apenas para obter benefícios, glórias, reconhecimentos, reduções fiscais, mas na verdade não importam-se com as pessoas.
Fala das diferenças de simplesmente implementar um projeto na favela e um projeto que é criado pela e na favela.
De que adianta abrir um laboratório de informática em um centro comunitário, se os moradores não fazem ideia de como utilizar um computador?
No filme Uma onda no ar, o projeto da Rádio Favela foi criado por um morador da favela, ou seja, as pessoas da favela estavam engajadas, portanto, interessadas. Agora, chegar na favela e dizer: Hoje eu vim fazer caridade! Não serve para nada, apenas para uma promoção social da pessoa que está fazendo a tal caridade. Ir na comunidade uma única vez para prestar auxílio, sem se interessar por como aquelas pessoas vivem, quais suas angústias, dramas, quais as tragédias que assolaram a vida delas, não funciona. Dar de comer um único dia, não vai resolver a vida de ninguém, simplesmente naquele dia eles não irão viver como sempre viviam e como viverão, se não existir nada que faça a real diferença.

Autora: Paola Saturnino(*.*)

Análise do Filme: Uma onda no ar



O filme conta a história da Rádio Favela, rádio montada por Jorge e seus amigos. O filme inicia com a polícia invadindo o morro para prender Jorge. Ele vai preso, e lá no presídio perguntam para ele como iniciou o trabalho da Rádio Favela.
Um de seus amigos(Roque) entra para o mundo do tráfico pois quer ter dinheiro fácil. Outro amigo, Brown morre com um tiro nas costas – tiro que era para Roque, que tinha arrumado confusão em uma festa.
Eles iniciaram o projeto da rádio com a ajuda do amigo que era técnico em eletrônica – Ezequiel.
Com muitas investidas da polícia em prendê-lo, os favelados protestam e conseguem “legalizar” a rádio. A polícia prefere não se incomodar, e solta o Jorge.
Um representante das Nações Unidas vai até a favela para procurar a rádio, e informa que eles ganharam um prêmio, pois a rádio trabalha na prevenção das drogas e as Nações Unidas decidem reconhecê-los.



Cenários:
Escola
Família
Comércio
Cadeia
Favela
Associação Comunitária

Acontecimentos:
Rádio Favela(criação)
Premiação pela ONU
Apropriação da rádio pela população
Divulgação pela rádio

Relação de forças:
Necessidade da favela se comunicar
Exclusão – preconceito social e racial
Visibilidade da comunidade da favela
Polícia
Política
Tráfico de drogas

Atores:
Brown (artista)
Roque (traficante)
Jorge (idealizador da rádio)
Ezequiel (técnico em eletrônica)
Mães, esposas, filhos
Repórter / Advogado / Policiais / Representantes da ONU

Autora: Paola Saturnino (*.*)



Análise de Conjuntura do Documentário Ilha das Flores:

O tema central do documentário é baseado na realidade dos moradores do lixão próximo a Ilha das Flores, a história é bastante dinâmica, podendo ser analisada de várias perspectivas.
O texto durante o filme é trazido de forma expositiva pelo narrador, o ator Paulo José.
O curta metragem ainda aborda questões como o abatimento de um porco, dos judeus vítimas do holocausto, e das crianças disputando alimentos entre o lixo, que já não servia nem mesmo de alimento para os porcos, são cenas bastantes chocantes, trazidas com uma análise fria do autor Jorge Furtado.
Se analisarmos de forma global, podemos perceber que as calamidades não acontecem apenas em outros países, como África, Angola,etc... Precisamos perceber que existem situações e condições de vida precária acontecendo muito perto, essas realidades não podem simplesmente passar despercebidas, ou servir apenas como um instrumento de análise.
Os fatos iniciam-se numa plantação de tomates – tomates estes que seguem durante todo o filme - até chegar no lixão, onde os restos de comidas são disputados pelas mulheres, e crianças.. Mostra as relações do dinheiro: troca, moeda, lucro.
Os cenários do filme passam-se na plantação de tomates(local de onde o tomate saí), no supermercado(local onde o tomate é vendido), residência(local de consumo dos tomates comprados no supermercado), lixão da Ilha das Flores(local onde o tomate inadequado para a alimentação foi levado).
Os fatos finais mostram os alimentos podres sendo separados pelos empregados do dono dos porcos, após eles selecionarem os alimentos que julgaram adequados para os porcos, eles abrem os portões, para que os moradores possam “catar” respectivos alimentos. Seres humanos estes, que não tem a possibilidade de selecionar alimentos adequados para sua alimentação, pois não possuem nenhum poder aquisitivo(dinheiro, que movimenta as transações comerciais), e não possuem donos como os porcos, ou seja, não existe ninguém por eles.
Os acontecimentos mostram a precariedade deste local, de forma que o resto é levado para lá, e não bastasse isso, o resto do resto é o que sobra para a alimentação de seres humanos. Os porcos alimentam-se melhor que as pessoas. Podemos analisar as diferenças sociais de que, enquanto um grupo de pessoas com um poder aquisitivo apurado, gasta R$ 15,00 em um hambúrguer, um outro grupo de pessoas, sem poder aquisitivo algum, alimenta-se do que sobrou da alimentação selecionada para os porcos.
E se analisarmos em uma perspectiva de gênero, pode-se perceber ainda que mesmo naquela condição precária, ainda existe a hierarquia de as mulheres irem buscar os alimentos para “fazer”, já que as mulheres são a maioria na fila para pegar as sobras.
A ilha das Flores é a ilustração das diferenças sociais do sistema.
Autora: Paola Saturnino (*.*)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Seminário Educação Social e Psicologia



O professor deve colocar profundo afeto naquilo que faz, na prática da docência. Além de ter um compromisso com a formação ácadêmica, e também com os aspectos pessoais da vida do aluno, o professor auxilia na construção da auto estima do aluno, fazendo com que ele desenvolva uma série de características. O ambiente escolar deve ser um ambiente agradável, que passe a ideia de familiaridade para o aluno para que ele possa ter bons relacionamentos.

Coopersmith(1967) fez um estudo sobre auto estima, onde admite que ela está significativamente associada com satisfação pessoal e com atitudes benéficas para si mesmo. A pessoa que tem a auto estima elevada, mantém uma imagem positiva de si mesmo, conhece suas capacidades e é consciente de suas habilidades, e de sua distinção como pessoa.

Podemos concluir que o professor é uma figura muito importante para a vida toda do aluno, já que ele tem o papel de formar opiniões, e ser um influenciador.

Igualdade Racial



O Brasil só se tornou uma nação com a abolição da escravatura, que concedeu aos negros, ao menos no papel, a igualdade civil. Emancipados mas sem a terra que cultivaram por quase 4 séculos, os ex escravos abandonaram as fazendas e logo descobriram que não podiam ficar em nenhum lugar. A terra tinha dono. Saindo de uma fazenda caíam em outra, de ondem eram, também, fatalmente expulsos.


Essa exploração, já está mais sanada, mas o preconceito, por incrível que pareça ainda é muito grande. Nas próprias universidades podemos notar um número menor de negros. A hipocrisia de que diferença não existe é terrível, devemos sim, abordar o assunto, questionar as diferenças, questionar os motivos destes pré conceitos criados.


"Esperto esse D. João VI... tinha fama de bestão mas foi o mais esperto de vir para o Brasil, e organizar o país do modo dele. O Brasil sempre foi organizado pela classe dominante"


Autora: Paola Saturnino (*.*)


Professor: Lembrança pra vida toda
Quando a criança entra na escola, descobre um mundo novo, muitas pessoas diferentes, muitos colegas, ambientes novos, e uma pessoa que vai caminhar com ela por muito tempo: O professor.
Não são raras as lembranças que as pessoas mesmo depois de adultas, guardam de seus professores. Um era mais engraçado, outro mais sério, um conversava como se fosse da nossa família, outro já era mais reservado. Atitudes que talvez passariam despercebidas, tornam-se muito importantes para os alunos. O que a grande maioria dos professores não se dá conta, é que tem um papel totalmente importante e determinante na vida dos alunos, que os alunos não lembram dos professores apenas quando estão no ambiente escolar, um professor pode tanto deixar marcas maravilhosas e influenciar um aluno para o bem, quanto pode causar traumas profundos.
Os professores estão preocupados apenas em “passar” o conteúdo, cumprir o plano de aula, e muitas vezes não percebem as reais necessidades do aluno, não dão atenção para as dúvidas dos alunos – o que é uma grande falha, já que a partir das dúvidas podemos construir uma aula muito mais rica e interessante aos olhos de nossos alunos. O professor precisa dar espaço para o aluno, disponibilizar tempo para as dúvidas é muito importante, já que as perguntas que surgem são uma forma de interação tanto com o professor, quanto com a turma. É necessário partir da realidade do aluno, respeitar o que ele já sabe, respeitar seu conhecimento tácito. Paulo Freire disse: “Por que não estabelecer uma “intimidade” entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles tem como indivíduos?” Os professores precisam respeitar os saberes já adquiridos pelos alunos. Mesmo os alunos não alfabetizados, já vão para a escola com uma “bagagem”, com uma visão de mundo. Não pode-se desprezar a educação não escolar.
A construção do conhecimento é um processo interativo, e não adianta apenas o professor transmitir o conhecimento, transferir para o aluno o que sabe, o aluno não é apenas um recebedor.
A interação professor-aluno e aluno-professor precisa existir, o professor que demonstra interesse pela vida do aluno, com certeza tem um aliado, alguém que sente prazer em ir para a escola. O contexto da sala de aula é um dos elementos básicos para o aprendizado, pois uma sala de aula onde o convívio é tranquilo, onde o clima é agradável, onde as relações são baseadas no respeito, tem um valor pedagógico imensurável.
A Psicologia afirma que o aspecto afetivo e o cognitivo caminham juntos, ou seja, o aluno terá muito mais interesse em aprender, em ir para a escola, sabendo que chegará lá e encontrará uma pessoa disposta e prestativa, não um super herói, alguém que não tenha problemas - pois quando o professor demonstra sua fragilidade, torna-se mais “humano” para o aluno, que muitas vezes tem a imagem do professor inatingível – É muito importante o educador mostrar que nem sempre sabe de tudo, mas que fará tudo para aprender também. E mostrar para o aluno que também aprende muito com ele.
Fazer com que o aluno sinta-se importante, sinta-se uma peça do quebra-cabeça chamado Educação, é algo que, com certeza, terá um valor para a vida toda.
Autora: Paola Saturnino (*.*)

Necessidades Educativas Especiais




O trabalho sobre os Portadores de Necessidades Especiais no contexto da Educação Inclusiva, foi essencial para todos e todas, creio que saber as diferenças da Educação Especial para a Educação Inclusiva foi fundamental para retirar as dúvidas que tinhamos sobre este tema tão discutido atualmente.
Este trabalho foi elaborado no 2°semestre pelas alunas:  Emilly Silva, Letícia Guedes e Lilian ( turma manhã) onde tivemos a preocupação de fazermos todo um recorte histórico sobre como e onde viviam essas pessoas e como está hoje em dia.
Com a visão de que devemos refletir sobre o desafio agora proposto à Escola Fundamental, de INCLUIR alunos e alunas com necessidades especiais (deficientes mentais, crianças com limitações sensoriais ou neurológicas etc) e para tanto "não há receitas";
Debatemos com os colegas também sobre a dificuldade de romper a lógica da doença/deficiência, quando pensamos na educação especial; E este debate ocorreu também neste 3° semestre.
 Acreditamos que recordar este trabalho elaborado, no 2°semnestre é de extrema relevância pois, foi um link para trabalharmos neste 3° semestre.
Cabe ressaltar, que neste  3° semestre aprendemos  na disciplina de Prática Pedagógica III os conceitos de Integração/Inclusão, onde foi enfatizado a diferença destes conceitos no contexto escolar.
Portanto sabemos, que o conceito de Integração significa que o aluno deve se adaptar a escola e o mesmo  que deve se modificar  para assim poder ter maior identificação com seus colegas ditos "normais".
De acordo com o site Canal do Educador, ressalta que o conceito de integração é um processo pela busca da normalização deste aluno. Porém o conceito de inclusão significa que a escola se adapta para receber esse aluno, promovendo palestras, seminários, eventos, dentre outras questões para um maior entendimento dos professores neste desafio.



O trabalho foi baseado:
na entrevista de Claudio Roberto Baptista Professor do Programa de Pós- Graduação em Educação da UFRGS, Doutor em Educação.



Lino de Macedo Professor de Psicologia do Desenvolvimento do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.




Referências:
BRASIL.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB Lei n°9394/96
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia.Rio de Janeiro: Paz e Terra,1996.


http://www.educador.brasilescola.com/trabalho-docente/integracao.htm




sábado, 12 de dezembro de 2009

O Currículo e suas Fontes para uma Educação Cidadã


Texto elaborado pelas alunas: Camila, Celeste, Emilly e Paola, com a orientação de nosso professor José Clóvis de Azevedo de Currículo e Cultura.
As primeiras teorias sobre currículo visavam a organização e a padronização da educação. Segundo Comenius, que foi quem implementou a idéia de currículo na organização da escola, era necessário haver uma organização dos conteúdos e disciplinas.O currículo tem haver com o processo pelo qual o individuo adquire e constrói conhecimentos. Busca suas fontes de inspiração no saber e nas necessidades do contexto social e deve facilitar a compreensão dos fenômenos da realidade, articulando-os ao todo social de que faz parte.No desenvolvimento do currículo, formar alunos reflexivos implica em uma prática docente reflexiva de que as instituições escolares são também responsáveis. É um projeto, não se trata de algo pronto, mas de algo a ser construído permanentemente no dia a dia da escola, com a participação ativa de todos os interessados na atividade educacional, principalmente educandos e educadores e também os membros da comunidade em que se situa a escola.O currículo escolar reflete todas as experiências em termos de conhecimento que serão proporcionados aos alunos de um determinado curso. Assim, o currículo escolar representa a caminhada que o aluno faz ao longo de seus estudos, implicando tanto conteúdos estudados quanto atividades realizadas sob a tutela escolar. O currículo é um guia, um instrumento útil para orientar a prática pedagógica, deve atender as necessidades de todos e para isso deve levar em conta as reais condições nas quais vai se concretizar, ou seja, as condições dos professores, dos alunos, do ambiente escolar, as condições da comunidade e as características dos matérias didáticos disponíveis.Cabe ao professor dirigir o processo de ensino-aprendizagem de acordo com as aptidões, os interesse e as características culturais dos educandos.De acordo com a fonte sócio psicopedagógica para que exista a construção do conhecimento é preciso dialogar com o aluno, enquanto sujeito, para conhecer além da sua realidade e assim, conhecer o modo como esse aluno pensa e como ele aprende.Por ser o currículo uma trajetória construída coletivamente de forma diferenciada em cada realidade escolar, uma prática dialógica entre agentes sociais é muito importante analisar a fonte sócio-antropológica, que nos leva a buscar como pensa a comunidade em que eu vou trabalhar o currículo, qual o modo como vivem, como é o seu imaginário, as diferenças culturais que devem ser levadas em consideração. Organizar o currículo coerente com o modo como o aluno vive.A fonte epistemológica parte da interdisciplinaridade, das idéias e princípios que se formam através do fundamento teórico. Por isso a necessidade de dialogar com o aluno e assim, poder partir de seus conhecimentos já existentes e complementá-los, construindo a sua formação.A fonte filosófica engloba todas as outras fontes, uma vez que é o modo como a escola pensa, a concepção de mundo que o educadores tem e irão passar para os educando, o compromisso com a sociedade e com a inclusão.



Referências Bibliográficas:
FREIRE, Paulo. Texto: “Concepção de ser Humano".
AZEVEDO, José Clóvis de. Texto: “Conhecimento e Formação de Professores.”Revista Paixão de Aprender. n.º 9, dezembro de 1995, p.12-25.
AZEVEDO, José Clóvis de. Texto: “Fontes do Currículo para Uma Educação Cidadã.”


Postagem: Emilly Silva \0/

terça-feira, 8 de dezembro de 2009


Bom pessoal, sintam -se a vontade para fazer seus comentários!!!
Emilly e Paola


Prática Pedagógica
















Neste domingo 06.12.2009, foi realizada nossa Prática Pedagógica na Lomba do Pinheiro. Foi muito satisfatória para nossa aprendizagem. Participamos do grupo de Contação de Histórias, formado por: Camila Domingos, Emilly Silva, Letícia Jardim e Paola Saturnino as histórias foram as seguintes: A Fábula de Esopo: " A Barriga e os Membros" e a história biblíca de "Jonas e o grande peixe", conforme solicitação da professora.
Para finalizar a nossa Prática solicitamos as crianças a construção de um painel com os desenhos deles referente a história de "Jonas e o grande peixe" o resultado desta dinâmica foi muito satisfatório para todos.

Esta atividade foi um grande aprendizado em função de todas as circunstâncias envolvidas, e da forma como conseguimos nos mobilizar para obter resultados positivos.



Autora:Emilly Silva \0/




Mediação Professor/ Aluno





Wallon (1989) aponta a importância da relação lúdica para a constituição do
sujeito, a construção da subjetividade e a identificação do ser. O brincar, as brincadeiras
e os brinquedos são elementos fundamentais para a organização psíquica e para o
desenvolvimento cognitivo das crianças.
Autora: Emilly Silva \0/

Avaliação de Didática e Mediação Pedagógica

Mediação Pedagógica – Relação Professor / Aluno
Quando trazemos à discussão, a relação professor/ aluno, entre outros estudiosos é preciso lembrar da teoria de Lev Vygotsky que muito contribuiu através de suas pesquisas sobre a importância da mediação, momento em que o aluno necessita da intervenção e que auxilia no processo de ensino e aprendizagem.
Para Vygotsky (1984), é na Zona de Desenvolvimento Proximal ( ZDP) que a interferência de outros indivíduos alcançará resultados satisfatórios, é neste momento que os professores e professoras têm de atuar como mediadores e provocadores. Para o desempenho desse papel, é preciso conhecer os processos já consolidados pela criança, ou seja, seu nível de desenvolvimento real.
A forma de se alcançar o sucesso ou não nesta construção dependerá e muito da postura do professor. Segundo Ana Cristina Souza Rangel, existe grande diferença entre um professor autoritário e um professor que tem autoridade.
O professor autoritário, não acredita nas capacidades de seu aluno de construir descobertas, realizar novas aprendizagens por si só, pois ele inibe a iniciativa deste aluno de querer aprender de diversas maneiras, não apenas da forma que seu professor aplica o conteúdo.
Nesta concepção de educação (empirista), o professor é o detentor absoluto do saber. Ele é um professor fechado para o diálogo, porque o aluno não é nada e considerado uma página em branco. Sua principal preocupação é passar o conteúdo pronto, dificultando a participação no processo de construção do conhecimento, sendo assim, não valoriza uma reflexão crítica e portanto, não forma alunos pensantes que saibam questionar e argumentar, o que tem valor é a atenção, a reprodução e memorização, por se tratar de um professor que atua para decorar definições e não para construir conceitos.
O “professor autoritário” não leva em conta os interesses e necessidades do grupo, impondo a obediência por empregar a metodologia de elogios para os alunos que “sabem e obedecem” recompensas, e até mesmo punições para os alunos considerados “indisciplinados e maus”, sendo quem rotula e classifica esses alunos é o próprio professor.
Atitudes como estas, formam alunos inseguros e muitas vezes com baixa auto-estima, dependentes e não questionadores o que os torna alunos individualistas que confiam pouco em si mesmos e nos outros.
O professor que classifica seus alunos como” bons e maus” alunos, ele reforça a competição assim, a criança se torna um adulto individualista enxergando o outro como alguém que a ameaça e não como alguém com quem pode trocar, aprender e crescer junto consigo, dificultando o desenvolvimento da autonomia e da cooperação, o que identifica este educador como alguém que não está se comprometendo com a formação de um cidadão e com o desenvolvimento do grupo social. O educador autoritário pode se manifestar de maneira explicita, deixando claro suas ações autoritárias, ou encoberta onde ele superprotege seus alunos disfarçando seu autoritarismo, evitando que o aluno enfrente frustrações e resolvendo por ela os problemas que poderia vir a enfrentar.
O professor que “tem autoridade” não faz o uso abusivo do poder para impor seus conceitos, mas respeita o conhecimento de seus alunos e incentivá-os em sua aprendizagem, acima de tudo é um educador comprometido, na medida em que problematiza, orienta, pesquisa procurando a mediação correta para que seu aluno seja beneficiado, conseguindo avançar no pleno desenvolvimento de suas potencialidades.
Não se trata de ser um professor “facilitador”, e sim alguém que interage com o grupo conhecendo cada um/a e acima de tudo respeitando seus limites, seu jeito de ser e de agir levando em consideração a sua história, a sua bagagem cultural e seu espaço criando um ambiente que favoreça o seu crescimento como “sujeito que está no mundo e com o mundo” como diria Paulo Freire.
Portanto, refletir sobre a relação entre processor/aluno envolve também uma questão de humlidade, de respeito ao outro, de respeito e compromisso com a tarefa de educar que ao se fazer esta escolha exige pensar muito criticamente sobre como exercê-la de maneira digna e comprometida. É importante lembrar que este é um exercício que deve ser contínuo, “pois o poder de um professor que tem autoridade, subsiste, entretanto, é legitimado pelo grupo, que reconhece sua competência, o estima e o respeita”. ( Baseado no texto organizado por Ana Cristina Souza Rangel/ UFRGS).
AUTORA: Emilly Silva \0/

 
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